segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O Adeus à Brisa

Urbano Tavares Rodrigues
O Adeus à Brisa
1998


"Aqui, neste cais lavado pela brisa, tudo está sereno. É um espaço quase musical, só que são indistintos os acordes, não percebo de onde provêm - do céu, do mar, das fontes do vento? Parece que aqui se atravessa uma fronteira, sem alfândega, sem polícia, sem qualquer constrangimento. Um branco sujo, baço, quase pardo. Nada me assusta, excepto a sua falta de amor, a hipótese negra de perder uma noite da tua entrega, duas horas a ouvir-te contar seja o que for, a tua mão dentro da minha, no negrume de uma cinema. Um carinho assim."

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