quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Viciada em Sookie Stackhouse


Descobri uma personagem apaixonante que me tem roubado horas de sono e que tanto me tem agradado. A protagonista dos livros de vampiros de Charlaine Harris, Sookie Stackhouse, é tudo menos normal. A sua força, determinação, assim como a sua capacidade única para ler as mentes das pessoas, destacam-na de todos os outros humanos e levam-na para um mundo de aventuras entusiasmante, no qual ela convive com o sobrenatural de uma forma quase natural, aceitando com espontaneidade o que qualquer humano acharia no mínimo bizarro. Afinal de contas ela é linda, desejável, uma caixinha de surpresas e, acima de tudo, muito mais do que uma simples empregada de mesa num bar normal.

Eu sei que é só mais uma história sobre vampiros e que o tema está demasiado saturado desde a loucura à volta dos livros de Stephenie Meyer, cujos filmes baseados nos seus livros têm causado a histeria a nível mundial. Mas pode-se dizer que estes livros de mistério são ligeiramente diferentes, bastante interessantes e sem dúvida muito mais adultos. Aliás, acho que é a lascívia e o sangue que envolve Sookie num mundo completamente diferente em primeiro lugar. O facto de ela ser uma “anormal” para os comuns humanos e “interessante e desejável” para o mundo sobrenatural é que prende o leitor. É também a forma como a história se desenvolve e nos prende aos pequenos mistérios que vão surgindo na vida de Sookie que torna tudo excitante e estimulante e faz com que o leitor devore os livros para saber como acaba mais uma aventura desta invulgar telepata.
Charlaine Harris, a autora americana, vencedora de vários prémios pelas suas histórias de mistério, nasceu em 1951 e é membro da “Mystery Writers of America” e da “American Crime Writers League”. É também membro da “Sisters in Crime” e vai alternando a presidência da “Arkansas Mystery Writers Alliance” com Joan Hess. Pessoalmente, Harris é casada e tem três filhos. As suas principais séries de livros têm como protagonistas personagens femininas que se envolvem e resolvem mistérios, que são os seguintes: “Aurora Teagarden Series”; Lily Bard (Shakespeare) Series” e “Harper Connely Series”, para além de “Sookie Stackhouse (Southern Vampire) Series”.
As histórias e aventuras de Sookie já foram adaptadas para a televisão na famosa série da HBO True Blood, por Allan Ball, conhecido pelo seu trabalho pela excelente série Six Feet Under. No entanto, a série que tem sido nomeada para vários prémios e aplaudida pela crítica, deixa muito a desejar. Se por um lado se mantém fiel ao que de essencial acontece nos livros, por outro faz pequenas alterações que tiram algo à história, que faz com que o leitor se revolte porque estão a fazer alguma coisa de diferente daquilo a que o autor nos descreveu e que nos prendeu à história.
Mais uma vez nos deparamos com as dificuldades que existem em adaptar livros a séries de televisão e mesmo ao cinema. Aquilo que nós imaginamos ao ler um livro é diferente, e ao mesmo tempo, igual para todos. De uma forma, todos lemos a mesma descrição e as mesmas características que um autor dá e descreve ao leitor, mas as nossas capacidades para interiorizar e imaginar as sensações que são descritas, são apreendidas de maneira diferente. Para não falar no enorme prazer que um livro pode causar a um leitor que fica maravilhado com os pormenores e descrições que são conferidos às personagens, aos cenários e aos sentimentos expostos pelos autores. É muito mais fácil escrever um guião que deve ser adaptado directamente para a televisão e para o cinema, do que adaptar uma história que foi contada num livro extenso e cheio de pequenas delícias que nos transportam para um mundo que é e deve ser visto de maneira diferente pelos leitores. A diferença entre ler e imaginar e o ‘ver’ é totalmente abismal. Por muito que se possa dizer que um autor faz a sua história e a conta como quer e deseja ou conforme a imaginou, é o leitor que lhe atribui um sentido e que a interpreta, cada um de maneira diferente, apesar do sentido duplo, ou não, que o autor lhe atribuiu.  
Aqui estão os títulos em inglês (tenho lido todos os livros em inglês, porque são mais baratos) da colecção da ACE – Fantasy/Mystery, que é publicada pelo The Berkley Publishing Groups, uma divisão da Penguin Group, que tenho lido e que aconselho a quem gosta de mistérios e se interessa pelo mundo sobrenatural:

A Sookie Stackhouse Series
Dead Until Dark
Living Dead In Dallas
Club Dead
Dead To The World
Dead As A Doornail
Definitely Dead
All Together Dead
From Dead To Worse
Dead And Gone
A Touch of Dead
Dead In Ihe Family
Dead Reckoning

Ragnarok: The End of the Gods

Título: Ragnarok:The End of the Gods
Autora: A. S. Byatt
Ano: 2012


Recently evacuated to the British countryside and with World War Two raging around her, one young girl is struggling to make sense of her life. Then she is given a book of ancient Norse legends and her inner and outer worlds are transformed. Intensely autobiographical and linguistically stunning, this book is a landmark work of fiction from one of Britain's truly great writers. Intensely timely it is a book about how stories can give us the courage to face our own demise. The Ragnarok myth, otherwise known as the Twilight of the Gods, plays out the endgame of Norse mythology. It is the myth in which the gods Odin, Freya and Thor die, the sun and moon are swallowed by the wolf Fenrir, the serpent Midgard eats his own tail as he crushes the world and the seas boil with poison. It is only after such monstrous death and destruction that the world can begin anew. This epic struggle provided the fitting climax to Wagner's Ring Cycle and just as Wagner was inspired by Norse myth so Byatt has taken this remarkable finale and used it as the underpinning of this highly personal and politically charged retelling.

"Ragnarok is clever, lucid, lovely book. But is isn't a novel, or even a stroty in the usual sense. It's a discourse on myth, woven in and around a polemic about pollution and loss of species diversity..."

http://www.guardian.co.uk/books/2011/sep/09/ragnarok-as-byatt-review

Antonia Susan Byatt

 "I write novels because I am passionately interested in language. Novels are works of art which are made out of language, and are made in solitude by one person and read in solitude by one person - by many different, single people, it is to be hoped. So I am also interested in what goes on in the minds of readers, and writers, and characters and narrators in books. I like to write about people who think, to whom thinking is as important and exciting (and painful) as sex or eating. This doesn't mean I want my boks to be cerebral or simple battles of ideas. I love formal patterning in novels - I like to discover and make connections between all sorts of different people, things, ways of looking, points in time and space. But I also like the ideia that novels can be, as James said, 'loose baggy monsters', a generous form taht can take account of almost anything. Temperametally, and morally, I like novels with large numbers of people and centers of consciousness, not novels that adopt a narrow single point-of-view, author's or character's. I don't like novels that preach or proselytise. (I fear people with very violent beliefs, though I admire people with thought-out principles.) The novel is an agnostic form - it explores and describes; the novelist and the reader learn more about the world along the length of the book."

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mundo Snitram

Snitram World (que dá título ao Blog) é o meu mundo privado, a minha fantasia mais alta, um mundo para além da imaginação, criado dos confins do meu cérebro e do meu verdadeiro nome, no qual eu gostaria de viver.

Está dividido em Sete Planos: Safir, Nevrus, Irma, Terra, Ravina, Ancora e Millar. Cada um destes planos tem uma história que deve ser contada, pedacinhos de vidas esquecidas e perdidas no tempo e no espaço, num mundo que poderia ter existido.